O Cortiço
“Eram
cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a
sua infinidade de portas e janelas alinhadas. Um acordar alegre e farto
de quem dormiu de uma assentada sete horas de chumbo.”
Romance naturalista escrito por Aluísio Azevedo, nascido em 1857, em São Luís. No fim do século XIX, vigorou o estilo Realismo-Naturalismo em obras que se opunham radicalmente contra a visão romântica, baseados em aliar Arte e Ciência.
A obra “O Cortiço” apresenta uma mostra da sociedade
através de um cortiço habitado por vários tipos urbanos daquela época. O
livro foi lançado em 1890, sem preocupação de expressar as disparidades
sociais, a obra busca retratar o caráter e vícios humanos.
O próprio cortiço,cenário e espaço da história, é considerado o
próprio protagonista. No desenrolar dos fator,dois personagens chamam a
atenção, João Romão e Jerônimo.
João Romão é um comerciante de herança, constrói habitações populares
ao lado de sua venda e cada vez mais se torna mais ambicioso. Tem
consigo Bertoleza, escrava de cama e mesa, que a dispensa para se casar
com Zulmira, filha do Sr.Miranda, dono de um negócio de tecidos.Jerônimo é um personagem que segue uma decadência financeira e familiar após conhecer a mulata Rita Baiana, torna-se irresponsável com a educação da filha e transforma-se num malandro carioca. Há no livro o retrato de personagens secundários, como por exemplo, Pombinha que após um casamento fracassado, é seduzida por Léonie, uma prostituta de luxo.
O cortiço cresce e após sofrer um incêndio é reconstruído, e torna-se numa honrada vila. Da mesma forma que o dono do cortiço, João Romão, se torna num aristocrata, o cortiço depois de reconstruído se aristocratiza. O livro já foi adaptado para o cinema através do trabalho do diretor Francisco Ramalho Jr.
http://www.infoescola.com/livros/o-cortico/
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