27 de nov. de 2013

“OS SERTÕES” EM TURNÊ PELO BRASIL


No fim deste mês, a Cia de Teatro Oficina Uzyna Uzona sai em turnê pelo país com “Os Sertões” a saga narrada por Euclides da Cunha no livro homônimo. Será a primeira vez que o espetáculo de 26 horas viaja completo com as cinco partes “A Terra” , “O Homem 1”, “O Homem 2”, “A Luta 1”  e “A Luta 2”.

Foto: Luis Ushirobira

Como uma espécie de volta às origens, nas proximidades da região onde se desenrolou a Guerra de Canudos, “Os Sertões”, inicia o itinerário de sua mini turnê pela Bahia de 05 a 09 de setembro, no Museu du Ritmo (antigo Mercado do Ouro). Depois segue para Recife, de 19 a 23 de setembro, no Cais do Porto. E de 02 a 14 de outubro, participa do Rio Cena Contemporânea, ocupando o Centro Cultural da Ação de Cidadania, epicentro do festival.

As apresentações de “Os Sertões” nestas cidades são patrocinadas pela Petrobras, que também mantém a companhia Teatro Oficina, e ao co-patrocínio dos governos locais. Em Salvador, há uma parceria com a Secretaria de Cultura da Bahia; em Pernambuco, com a Fundarpe e no Rio de janeiro, com a Secretaria de Cultura do Estado do Rio. 

Uma equipe de 70 pessoas coloca o pé na estrada carregando cinco toneladas de cenário e objetos de cena e 2,5 mil figurinos. No palco estarão 47 atores, músicos, dançarinos e atores mirins do Movimento Bixigão, mais dois câmeras ao vivo, quatro contra-regras e, nos bastidores outros 17 profissionais entre iluminadores, sonoplastas, VJs, produtores, camareiras e pessoal de apoio.

A equipe de viagem fica completa com a entrada em cena de 15 adolescentes de grupos de teatro de cada cidade visitada, que serão treinados nas cinco peças por meio de uma oficina aplicada pelos atores Camila Mota, Freddy Allan e Zé de Paiva. Além disso, haverá o reforço das equipes técnicas locais, que serão integradas para transformar o espaço numa terra sertaneja.

A produtora Ana Rúbia de Melo, explica que em cada cidade será montada uma réplica do Teatro Oficina, com pequenas modificações, como a instalação de arquibancadas para aumentar a capacidade de público para 1.000 lugares. “Queremos instalar uma estrutura o mais próximo possível da original, para que as pessoas sintam-se no ambiente do Oficina. Por isso temos a preocupação de suspender o piso para criar um corredor subterrâneo e manter as galerias, para as cenas aéreas”, observa.

Construída com a atuação aberta de platéias em ensaios e  recriada permanentemente nos seus quase 300 espetáculos em São Paulo, São José do Rio Preto, Recklinghausen e Berlim (Alemanha), as peças têm como inspiração  impedir o massacre do Oficina pelo Grupo Silvio Santos, que quer construir um shopping center no entorno do teatro, e ao mesmo tempo propiciar sua  expansão em um Teatro de Estádio, uma Universidade de Cultura  Popular Brazyleira  de Antropofagia e uma Oficina de Florestas.

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